O alcoolismo é o conjunto de sintomas causado pelo consumo excessivo de álcool,influenciando negativamente o convívio social,familiar e profissional do indivíduo.Pessoas que ingerem bebidas alcoólicas frequentemente e em grandes quantidades afirmam que "param quando quiser" como uma maneira de manter sua auto-imagem,porém não percebem que pelo descontrole já se tornaram dependentes,seja buscando uma sensação de prazer sentida anteriormente,seja para fugir dos sintomas da abstinência.Tanto a família como o dependente acabam criando uma "barreira" que os impedem de ver essa realidade,por isso devemos lembrar que o alcoolismo não é falta de caráter,e sim uma DOENÇA.
A estimativa de alcoólatras no Brasil é de 15 milhões,o dobro da população da Suíça.Porém os médicos da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas,estimam que 10% dos 192 milhões de brasileiros,ou seja,19 milhões,tenham problemas graves com a bebida.O alcoolismo mata 32 mil pessoas por ano no Brasil,está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios.(Revista Época,Vencido pela Bebida,12/09/2011).
Vale ressaltar que nem sempre quem bebe muito é um alcoólatra."O dependente é aquele que pretende beber um determinado tanto,mas não consegue parar",explica o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira,da Unifesp,de São Paulo.(http://alcoolismo.com.br/artigos/voce-sabe-reconhecer-um-alcoolatra/)
Do ponto de vista médico,saber que as enzimas que metabolizam o álcool variam de indíviduo para indivíduo é bastante relevante(a chamada vulnerabilidade biológica).
O etanol pode ser altamente solúvel em água,cai rapidamente na corrente sanguínea e é distribuído para diversos órgãos.(Mais informações no tópico "os efeitos do álcool no organismo",aqui em nosso blog).
O álcool é metabolizado no citosol das células hepáticas,em que a enzima álcool desidrogenase(ADH) produz o acetaldeído,que é anulado pela aldeído desidrogenase(ALDH)na mitocôndria das células hepáticas.
Acontece que algumas pessoas metabolizam o álcool melhor do que outras.Sem contar que pode haver alterações no organismo devido ao consumo excessivo de álcool,o que pode levar uma pessoa que até então tolerava bem o álcool a reagir ao consumo com uma patologia(doença).Tem que se considerar também a quantidade de bebida consumida diariamente por um período prolongado.A OMS diz que o consumo aceitável para homens é de 15 doses/semana e para mulheres é de 10 doses/semana;sendo uma dose equivalente a 350 ml de cerveja aproximadamente.
Porém a dependência química se manifesta de maneira tardia, costuma manifestar-se entre 4 a 6 anos de consumo constante para adolescentes e 6 a 8 anos para adultos.
Pessoas que fazem uso excessivo de álcool apresentam um conjunto de sintomas físicos e/ou psicológicos, que podem ser neuromusculares:tremores,cãibras;digestivos:náuseas,vômitos;e psiquícos como:ansiedade,humor depressivo,insônia e irritação.A tolerância, que é a resistência ao álcool é considerada mais um sintoma.
O tratamento para dependentes químicos do álcool é minucioso e prolongado.Torna-se essencial a participação da família,pois haverá a necessidade de conscientização do indivíduo sobre essa realidade sem que ao mesmo tempo seja destruída sua auto-imagem,o que levaria a uma consequente perda de vontade de viver,o que só pioraria a situação.Existem diversos grupos e formas de tratamento,sendo necessário que o individuo entenda o que se passa com ele,desfazendo a ideia de que bebe por causa de um problema externo,assumindo que precisa de ajuda e que deseja ser curado.
Referências:
http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm
http://alcoolismo.com.br/artigos/voce-sabe-reconhecer-um-alcoolatra/
http://adroga.casadia.org/codependencia/co-dependencia_tratamento_familia_dependencia.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcoolismo
http://www.alcoologia.net/Frames/fr_inftemsaude03.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário