Hoje irei finalizar os posts sobre o Victoza abordando mais detalhadamente a atuação dele no organismo.
Para falar do efeito do Victoza, terei que adentrar em um conceito chamado “Efeito Incretina”, vocês sabem o que é isso? Quando há a ingestão de um alimento, ele percorre todo o sistema digestório, certo? Durante esse percurso, há a inter-relação dos outros órgãos e sistemas que irão, direta ou indiretamente, ser ativados através da vasta quantidade de células nervosas presentes e das próprias substâncias produzidas neste sistema.
“A administração endovenosa de glicose provoca uma liberação de insulina 50% inferior àquela estimulada por uma ingestão de glicose que leve ao mesmo perfil de glicemia.” (Dr. Eduardo Quadros Araújo)
Ok, e o que o Victoza tem a ver com isso? Bom, basicamente, é porque o Victoza tenta imitar um hormônio já existente no corpo, o tal GLP-1. A diferença básica está na degradação, tendo em vista que a degradação do hormônio natural ocorre em poucos minutos e a do artificial dura aproximadamente 24h.
E por que fazer um hormônio imitando o GLP-1 e não outra incretina? Porque ele é a principal incretina, ou seja, o principal hormônio que atua em diversos órgãos e sistemas. E detalhe, no caso dos diabéticos, apesar de a concentração do GLP-1 ser a mesma, sua ação está significativamente reduzida. Por isso o Victoza é um remédio especificamente para o caso do diabético, pois sua ação imita o GLP-1 que está reduzido, aumentando sua concentração para aumentar sua ação. E o melhor, com o aumento da concentração do GLP-1 feita pelo Victoza, há um aumento da produção de insulina apenas quando se tem um quadro de hiperglicemia (glicemia elevada), pois melhora a função das células-beta e ativa seu receptor, mantendo, assim, o controle glicêmico dos diabéticos.
Por imitar o GLP-1, apenas 10% das pessoas que usam o Victoza desenvolvem resistência (anticorpos) contra ele, isso é um valor muito baixo, principalmente se comparado aos 40% do outro remédio (Exenatide) utilizado para o mesmo fim. Quanto maior a resistência, menor efeito do remédio.
Victoza proporciona maior redução da glicemia do que a glimepirida,
um potente medicamento para diabetes
Em contrapartida, quando se trata do uso para o emagrecimento, além dos próprios efeitos positivos não serem tão evidenciados, os efeitos negativos são significativos, tanto na quantidade quanto na gravidade. (Como já foi abordado nos posts anteriores)
- http://casasaudavel.com.br/2011/05/30/liraglutida-e-a-nova-terapeutica-para-diabete-tipo-2-que-chega-ao-brasil/
- http://blog.brasilacademico.com/2011/09/victoza-remedio-pode-ser-novo.html
- http://www.diabetes.org.br/attachments/posicionamento/posicionamentos_oficiais_03.pdf
- http://www.navarra.es/home_es/Temas/Portal+de+la+Salud/Profesionales/Documentacion+y+publicaciones/Publicaciones+tematicas/Medicamento/FET/2011/FET+N+11+2011.htm
Eu tomo victoza e não paro por merdas escritas como essas por invejosos do caraio
ResponderExcluirTrabalho bem embasado. Uso o Victoza sou diabético TP2 e tenho sindrome metabólica. A droga é foi bem indicada pelo meu endocrino e está ajudando muito
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